quinta-feira, 12 de maio de 2016

 A Quinta do Azevinho tem vindo a crescer












Organiza Poules de Verão
Espaço agradável para ver o picadeiro interior e assistir às aulas





Picadeiro interior visto do salão "Get"










Baptismos a cavalo para os mais velhos
 Cavalos a penso com trabalho
Aulas para os mais novos que se estão a iniciar
  
 Espaços verdes onde pode relaxar depois do trabalho










Picadeiro exterior
Todos os cavaleiros aprendem a tratar dos seus cavalos, ou na falta deles, dos da escola
 Os mais novos recebem aulas de maneio sempre que necessário

Boxes de 3x3 e 3x4
Venha-nos visitar e certamente vai gostar de nós

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Noticias do Campeonato do Mundo de cavalos novos II

O Capitano e o Rodrigo estão de parabéns. Classificaram-se em 5º lugar, num total de 221 participantes iniciais.
Na categoria de 5 anos, foram os únicos portugueses a serem apurados para a final.

A escola e seus alunos desejam-vos um Bom regresso a casa.

sábado, 25 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Exame de sela 4

No passado Domingo dia 12 de Setembro, foi realizado mais um exame de sela 4 no Centro Hípico do Montebelo. A nossa aluna Débora Amorim, classificou-se com um BOM. Fez conjunto com o nosso lindo e bem comportado Vit-vit.
PARABÉNS Débora.

Muito tardiamente, mas ainda a tempo anuncio também que a nossa aluna Beatriz Silva realizou o exame de sela 4, no Centro Hípico do Montebelo no final de Dezembro de 2009, com a classificação de SUFICIENTE, e fez conjunto com a linda e fantástica Xena.
PARABÉNS Beatriz.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Campeonato Mundial de Cavalos Novos

A Quinta do Azevinho tem a honra de divulgar a todos os interessados de que, este ano, foi seleccionado pela Federação Equestre Portuguesa, para o Campeonato Mundial de cavalos novos, categoria de 5 anos, o nosso residente Capitano Paul Z, com o seu cavaleiro e proprietário Rodrigo Pinto de Sousa, de 20 anos, e aluno desta escola. Aos dois os nossos Parabéns!!!

O Campeonato será na Bélgica, entre os dias 23 a 26, deste mês de Setembro.

Desejamos-vos uma boa viagem, e uns excelentes resultados.

Aqui serão divulgados os pormenores possíveis assim que os houver, tais como algumas fotos de ambos.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Taça da juventude 2010

É com todo o prazer que venho aqui informar, que o vencedor da Taça da Juventude deste ano, realisada em Coimbra, foi o nosso aluno Francisco Pinto de Sousa, de 12 anos. Com ele fez conjunto a Xena Z.
Estão ambos de Parabéns.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Cavalos selvagens

Últimos cavalos selvagens do planeta vivem no Alentejo30.08.2010Teresa Firmino
Avistados pela última vez em 1969, foram declarados extintos no seu último reduto na natureza, as planícies do Noroeste da China e da Mongólia. Só não desapareceram por completo porque ainda existiam em jardins zoológicos da Europa e dos EUA e surgiu um programa para resgatá-los da extinção total. Portugal acolheu quatro cavalos selvagens há oito anos, agora correm o risco de ser excluídos do programa.
Entre o Alentejo e Xinjiang, na China, há um ponto de ligação inesperado: nas duas regiões encontram-se os últimos cavalos selvagens da Terra, que em tempos recuados galoparam pelas estepes da Ásia e Europa. São conhecido por cavalos de Przewalski, o apelido do explorador russo que os descobriu numa expedição pela Ásia Central e criou condições para que fosse feita a sua primeira descrição científica em 1881.Xinjiang fica mais de 7500 quilómetros do Alentejo, no Noroeste da China. Os seus 1,6 milhões de quilómetros quadrados, abundantes em petróleo e gás natural, atravessados por desertos, cordilheiras e planaltos, representam um sexto do território sob domínio chinês. A norte, faz fronteira com a Mongólia, o Cazaquistão; a sul, o Tibete. Encruzilhada de povos, portanto, de mongóis e cazaques até muçulmanos uigures, a principal etnia na região de Xinjiang. No entanto, as planícies de Xinjiang lembram as do Alentejo. Até o calor seco se assemelha.É o chinês Wang Zhenshan quem dá as boas-vindas aos visitantes chegados de Portugal, que acabam de entrar no Centro de Propagação do Cavalo de Przewalski, em Xinjiang, a hora e meia de jipe da capital da região. Minutos antes, na auto-estrada que rasga a planície, cruzada por camiões, ladeada por sucessivas centrais térmicas, ou bombas de petróleo que oscilam ora para cima, ora para baixo, uma placa verde anuncia a proximidade do centro. Em mandarim e, invulgarmente, em inglês. Corta-se à direita, quem vem de Ürümqi, a capital da região, 120 quilómetros a sul. Num edifício de três andares há uma sala destinada aos visitantes com informação sobre os cavalos. Na China, apenas aqui se faz a reprodução do Przewalski — embora outros locais em Xinjiang, como o Zooparque de Vida Selvagem de Tianshan, às portas da capital, tenham exemplares deste cavalo, que os turistas podem facilmente ver.“Há três mil anos, o cavalo de Przewalski distribuía-se por Xinjiang, pela Rússia, Mongólia...”, explica Wang Zhenshan, traduzido para inglês por um dos recém-chegados. Em meados do século XX, o seu refúgio resumia-se à bacia semidesértica de Dzungarian Gobi, que abrange grande parte do Norte de Xinjiang e se estende para a Mongólia. “Por causa da distribuição, devia chamar-se cavalo selvagem da Mongólia ou de Xinjiang”, defende o anfitrião chinês. Mas foi essencialmente pelo apelido do coronel russo Nicolai Przewalski (1839-1888), de origem polaca, que ficou conhecido no mundo inteiro, embora também seja designado por cavalo selvagem asiático ou cavalo selvagem da Mongólia. Na região, chamam-lhe ainda takh (o plural é takhi), palavra mongol que significa “espírito”. O coronel Przewalski era um explorador ao serviço do czar Alexandre II da Rússia e as suas expedições contribuíram para os conhecimentos de geografia da Ásia Central. Numa delas, entre 1879 e 1880, cruzou-se com um novo cavalo. Ou melhor, foi presenteado com um o crânio e a pele de um cavalo na fronteira entre a China e a Rússia. Entregues no Museu Zoológico da Academia das Ciências de São Petersburgo, os restos do animal foram examinados pelo cientista russo Ivan Poliakov, que concluiu que aquele era um cavalo selvagem. Em 1881, um ano depois da expedição, descreveu-o oficialmente como uma nova espécie, a que deu o nome científico Equus przewalskii. Reclassificado entretanto, é agora considerado uma subespécie de cavalo selvagem, designada por Equus ferus przewalskii.A descoberta foi sempre atribuída ao coronel Przewalski, mas hoje sabe-se que já tinha sido avistado antes por exploradores europeus. Foi mencionado pela primeira vez pelo médico escocês John Bell, que viajou, entre 1719 e 1722, ao serviço do czar Pedro, o Grande. No relato da expedição, Uma Viagem de São Petersburgo a Pequim, publicado em 1763, o médico refere a sua observação na fronteira entre a China e a Mongólia. Caça entre as causas da extinçãoNa Europa, a descoberta oficial pelo coronel Przewalski despertou muito interesse entre os zoólogos e apreciadores de animais raros. Por volta de 1900, organizou-se a primeira captura. Na viagem entre a Mongólia e a Europa apenas sobreviveram 53, que foram distribuídos por diversos jardins zoológicos e parques biológicos. Pouco mais de meio século desde essa captura, o último cavalo selvagem do planeta vivia os seus derradeiros momentos na natureza. Em 1969, era avistado pela última vez no habitat natural, na zona desértica do Dzungarian Gobi.“Nos anos 70, houve uma expedição. Não encontraram nenhum cavalo. Foi considerado extinto”, conta Wang Zhenshan. “Depois disso, recebeu a atenção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).” Tempos houve em que diferentes cavalos selvagens tiveram uma enorme distribuição geográfica, desde as estepes da Ásia Central até à Península Ibérica. Os primeiros registos pictóricos de cavalos parecidos com os Przewalski têm mais de 20 mil anos: encontram-se em pinturas rupestres em grutas em Itália, França e Espanha, refere uma nota informativa da IUCN. Em Portugal, no vale do Côa, os cavalos são das figuras mais representadas nas gravuras rupestres ao ar livre, igualmente com cerca de 20 mil anos. Pelas características físicas representadas nas gravuras, como crina curta e erecta e patas curtas, pensa-se que os cavalos selvagens existiam em grande número naquela região. Ainda há cerca de dez mil anos, grandes manadas de espécies de cavalos selvagens (Equus ferus) devem ter sido vulgares as planícies da Europa, Ásia e da América do Norte, relata Juliet Clutton-Brock, arquezoóloga reformada do Museu de História Natural de Londres, especialista em domesticação. No seu livro História da Domesticação dos Animais — Dos Primórdios à Actualidade, de 1999 (editado em português pela Replicação), Clutton-Brock conta que a caça pelos humanos e a ocupação de grande parte do território por florestas foram reduzindo os limites territoriais dos cavalos selvagens. “Na América, o cavalo terá sido extinto há oito mil anos. Na Europa, as manadas de cavalos selvagens foram sendo gradualmente empurradas para leste, para os semi-desertos da Ásia Central, até que no fim do século XIX eram apenas representados por Equus ferus przewalskii, o cavalo selvagem das estepes da Mongólia”, escreve a investigadora. “Este cavalo selvagem também estaria extinto hoje, se um pequeno número não tivesse sido capturado em estado selvagem nos primeiros anos do século XX e trazido para a Europa, onde se multiplicou nos jardins zoológicos e nos parques de vida selvagem.” Dois mil animais, no totalNo mundo inteiro, existem hoje cerca de dois mil Przewalski, distribuídos por 150 jardins zoológicos e parques. Descendem de apenas 14 animais, que foram sendo reproduzidos em cativeiro, geração após geração. Esses 14 fundadores da população actual representam assim todas as linhagens existentes antes da extinção total e são todos muito aparentados. Num dos fundadores capturados na natureza, e tidos como “puros”, detectou-se também sangue de cavalo doméstico que se reproduziu com os selvagens, explica a bióloga Maria do Mar Oom, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que há muitos anos se interessa pelos Przewalski. E sabe-se que outros dois fundadores produziram híbridos entre Przewalski e cavalo doméstico. Uma década antes da extinção na natureza publicava-se a primeira edição do Studbook (o registo genealógico) para o cavalo de Przewalski: continha os registos de 228 animais em cativeiro entre 1899 e 1959. Em 1979, mantinham-se 385 cavalos em 75 instituições, distribuídos por 16 países da Europa, pelos Estados Unidos e Cuba. Em 1986, os jardins zoológicos da Europa iniciavam oficialmente a cooperação para recuperar o cavalo de Przewalski, através do Programa Europeu de Reprodução em Cativeiro de Espécies em Risco (os Estados Unidos e a Austrália também têm iniciativas como esta).Além de gerir a população em cativeiro, o programa europeu devolveu este cavalo à natureza pela primeira vez em 1992, com a libertação de 16 animais na região do Parque Nacional de Hustai Nuruu, na Mongólia. Fizeram-se entretanto outras reintroduções em pequenos núcleos, pelo que a população em liberdade na Mongólia ronda os 170 animais. Nem sempre foi fácil. Em 2005, apenas sobreviveram 11 dos 41 poldros nascidos. Os lobos, o frio e o vento estiveram entre as causas principais da sua morte. Apesar das dificuldades, o Przewalski é considerado um caso emblemático de recuperação de um animal à beira da extinção. A China e a Mongólia também avançaram com programas próprios de reintrodução, na década de 80. No caso chinês, o projecto iniciou-se precisamente no Centro de Propagação do Cavalo de Przewalski de Xinjiang, com animais recebidos do estrangeiro: depois de atingido um certo número em cativeiro, libertaram-se os primeiros 27 em 2001, no deserto de Dzungarian Gobi, que é o coração da Reserva Natural de Karamaile. “Só sobreviveram 19”, recorda Wang Zhenshan, dizendo que não se adaptaram logo muito bem às condições naturais. “Agora há 84 na natureza: 33 já nasceram no campo. É um sucesso.” Alguns dos nascidos no campo já pertencem à segunda geração. “Têm sido atacados por lobos, mas não é um grande problema”, diz Wang. “Os lobos preferem os rebanhos de ovelhas.”No centro de Xinjiang, vivem actualmente 254 cavalos. Há cerca de cinco anos, receberam-se seis animais oriundos de jardins zoológicos europeus, para refrescar geneticamente a população e reduzir a consanguinidade. Sobe-se ao topo do edifício principal e um terraço abre-se para a planície, pontuada apenas de tufos verdes. E os cavalos distribuem-se por vários parques. Dois machos partilham um dos parques: é aqui que vão entrar os investigadores chegados de Portugal. Estão numa expedição científica por Xinjiang, para estudar os burros selvagens da Ásia e uma marmota que partilha a toca com uma ave (ver P2 de 24 de Junho e 8 de Julho de 2010). Como o centro fica no caminho, aproveitam para obter excrementos dos cavalos, destinados a estudos genéticos de evolução dos equídeos.“Já repararam como são asseados? Não defecam no sítio onde têm a água”, chama a atenção Albano Beja Pereira. “Mas não se importam de defecar no sítio onde têm a comida, sobretudo porque os pequenos têm por hábito comer as fezes dos mais velhos. Quando nascem, não têm bactérias nos intestinos, por isso não são capazes de digerir plantas. Ao alimentarem-se das fezes dos mais velhos, ficam com a flora intestinal preparada para comer plantas”, continua o zootécnico do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Cibio) da Universidade do Porto.“Estava à espera que fossem mais baixinhos”, comenta Nuno Monteiro, biólogo também do Cibio. É, no entanto, um cavalo de porte pequeno. Mede 1,2 a 1,3 metros de altura até ao garrote e tem 250 a 350 quilos. Salta à vista que a crina é diferente da dos cavalos a que estamos habituados, os domésticos: é curta e erecta, terminando entre as orelhas, como nas zebras, enquanto nos cavalos domésticos pende para um dos lados e cai na fronte. A pelagem é castanha-alaranjada, com o focinho e o ventre esbranquiçados. Ao longo do dorso, têm uma lista. Nas patas também apresentam listas — ou zebruras, típicas da pelagem de cavalos primitivos, como no cavalo do Sorraia, a raça de cavalos portugueses mais ameaçada, com cerca de 200 indivíduos apenas. Mas enquanto os cavalos do Sorraia já resultam de um processo de domesticação — são os representantes domesticados do cavalo selvagem do Sul da Península Ibérica —, os Przewalski nunca terão sido domesticados. Não há certeza absoluta disso, pois há muito para saber sobre a genética do Przewalski. Mas os estudos têm demonstrado que nunca foi domesticado, explica Albano Beja Pereira, que tem investigado este processo na vaca e no burro. “Como o Przewalski tinha uma grande distribuição, teria grande diversidade. Pode ter havido linhagens domesticadas e que agora fazem parte do cavalo doméstico”. Na altura em que começaram a fazer-se estudos genéticos já havia poucos Przewalski. “Ninguém garante que, para trás, não tenha sido domesticado.”Qual é então o antepassado selvagem do cavalo doméstico, ou Equus caballus? Pensa-se que é um primo do Przewalski, chamado tarpã (Equus ferus gmelini). A sua distribuição ia desde a Rússia até à Península Ibérica. Extinguiu-se no final do século XIX no habitat natural. O último em cativeiro morreu em 1909, num jardim zoológico russo. E quando chega o momento de Nuno Monteiro, Beja Pereira e o seu estudante de pós-doutoramento, o chinês Chen Shanyuan, entrarem no recinto com os dois cavalos, podem finalmente apanhar do chão o que os levou até ali. Guardam os excrementos em pequenos tubos de plástico. Indiferentes à presença dos homens, os dois machos continuam a comer palha e a andar pelo recinto.Quatro exemplares no AlentejoMuito longe de Xinjiang, região que foi dos últimos redutos dos Przewalski na natureza, cabe a Francisco Beja fazer de cicerone na Coudelaria de Alter Real, a três passos da vila alentejana de Alter do Chão. De jipe, o coordenador do Departamento de Coudelarias da Fundação Alter Real conduz os recém-chegados pelo terreno irregular, aos solavancos, por entre as azinheiras. Chega-se a um cercado de quatro hectares, com um barracão, a casa dos cavalos de Przewalski no Alentejo. Entra-se a pé no cercado. Ali estão eles, bem ao fundo no barracão. Suzannah, uma égua de 17 anos, e dois machos, o Desejado, que é seu filho, nascido no ano passado, e o Brasão, deliciam-se com a palha deixada num comedouro. Ainda nem são dez da manhã e o fulgor do Verão já aperta. Pacientemente, há que aguardar que terminem a refeição, que bebam água e decidam sair do barracão. Suzannah faz parte do primeiro grupo de cavalos de Przewalski que veio para Portugal em Dezembro de 2001. Embora não tenham vindo de Xinjiang, o Alentejo passou a ter representantes dos cavalos que viveram naquela região chinesa. Vindo do Jardim Zoológico de Marwell, no Sul de Inglaterra, o grupo inicial incluía, além de Suzannah, as fêmeas Mo e Virginia e o macho Sirano. Nestes oito anos em Portugal, nasceram dez crias, incluindo dois nados-mortos. Umas morreram depois ou foram levadas para Espanha. Do grupo inicial, restam Suzannah e Sirano. A Mo e Virgínia, a mãe do Brasão, também morreram. E Sirano, em tempos o rei do cercado, vive agora sozinho noutro parque. Teve de ser isolado do Brasão, já com quatro anos, senão os dois iam lutar na presença de Suzannah. A sua vinda fez-se ao abrigo do Programa Europeu de Reprodução destes cavalos, conduzido pela Associação Europeia de Jardins Zoológicos e Aquários, e de que a alemã Waltraut Zimmermann, do Zoo de Colónia, é a coordenadora. Ela tem gerido os Przewalski na Europa tendo em conta parâmetros demográficos e genéticos, para controlar a taxa de fecundidade e minimizar a consanguinidade, por exemplo. Quando Maria do Mar Oom soube que seria possível propor a vinda de alguns Przewalski para Portugal ao abrigo do programa europeu, candidatou-se. A coudelaria de Alter do Chão seria um sítio óptimo para ter um núcleo destes cavalos, relata a bióloga. “Achei giro. Não havia estes animais em Portugal. Na Península Ibérica, só havia em Espanha.” Qual não foi o seu espanto quando a coordenadora do programa visitou a coudelaria de Alter do Chão e aceitou o projecto, em que participa também o Jardim Zoológico de Lisboa. Na altura, um dos objectivos era a procriação. Nos últimos tempos, Waltraut Zimmermann decidiu que em Portugal ficaria apenas um núcleo de machos, que seriam deslocados, sempre que necessário, para outros locais do programa. Encontrar instituições que acolham os machos é o mais complicado, porque os mais velhos não suportam outros machos, a partir de certa idade, na presença das éguas. Tornam-se agressivos, por isso é preciso encontrar instituições que os recebam. “Infelizmente, de há dois anos para cá, as recomendações dadas pelo programa não têm sido seguidas [pela coudelaria]”, lamenta Maria do Mar Oom. Segundo essas recomendações, para se iniciar um núcleo só de machos, Suzannah deixaria de se reproduzir e seria trocada por um macho do Jardim Zoológico de Santillana, em Espanha. Essa ideia, no entanto, é rejeitada por Francisco Beja. “Queremos continuar com machos e fêmeas”, admite. “Um núcleo de machos não tem interesse absolutamente nenhum.” Os animais também deviam ter ficado longe dos cavalos domésticos na coudelaria, como o lusitano, o puro-sangue árabe ou o Sorraia, para que não os vissem nem lhes sentissem o cheiro. E devia ter sido construída uma zona confinada, onde pudessem ser tratados. Nada disto foi cumprido, diz Maria do Mar Oom. Em princípio, os quatro Przewalski vão manter-se no Alentejo, só que, como as recomendações não têm sido respeitadas, a coordenadora deverá deixar de contar com eles no programa, explica a bióloga. “Isto correu mal. Tenho um desgosto de morte.”Finalmente, o Brasão decide abandonar o barracão. Os intrusos despertam-lhe curiosidade. Pára a mirar-nos, olhos nos olhos. “Não vai passar dali”, sossega Francisco Beja. “Estes cinco metros são suficientes para mantermos o respeito por ele e ele por nós.”Até Suzannah e o filho Desejado virem também passear, vale a sombra dos freixos no cercado, ao lado de um ribeiro agora seco. As moscas cirandam, zumbem. E eles ficam a desfrutar da sua planície.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fim de semana em grande

Este fim de semana dias 5 e 6 de Setembro, há concurso de saltos em Rio de Loba -Viseu. Integrado nas festas de S. Mateus, é já há muito, tradição receber cavaleiros de vários pontos do país para este concurso federado. A Partir das 10h, até ao fim da tarde.

Vamos lá estar com os nossos alunos e claro está, com os cavalos que temos vindo a apresentar aqui.

Pela primeira vez em concurso temos a Maria, que apesar de ser catedrática na escola, nunca entrou num concurso.

"Vamos lá lindona, não te deixes intimidar com o aparato, porque estamos lá todos a torcer por ti".









Apareçam

















Parece que até já foste ao cabeleireiro e tudo, hehehehe

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Limpar os cascos é muito importante

Toda a gente sabe a importância de uma boa limpeza nos cascos. Alem de dar conforto ao animal, ajuda a detectar cedo eventuais problemas que possam existir. No entanto, muitas pessoas sentem dificuldade em fazê-lo por não conseguirem que o seu animal levante a mão/pé. Para começar, peça a alguém que o ajude, segurando o animal posicionando-se do mesmo lado em que você pretende fazer a limpeza, assim, caso o cavalo reaja essa pessoa poderá segurá-lo puxando a cabeça do animal contra si.

Vá com calma... Com um cavalo novo, tenha calma, faça o trabalho devagar. Comece por massajar ou dar palmadinhas até que ele se sinta confortável com o toque das suas mãos. À medida que for aceitando esta pratica, a rotina prosseguirá normalmente. Use a mão que está livre para dar palmadinhas por toda a perna desde a espádua até ao casco. Só quando o cavalo se sentir à vontade é que você começa a usar o limpador. Lembre-se que o cavalo tem que sentir prazer em todo o processo, tem que se habituar como uma prática agradável, isto facilitará muito. Quando o animal estiver tranquilo por completo é que se pode amarra-lo com um cabresto e deixar a prática mais segura. Pegar no membro dianteiro... Comece posicionando-se correctamente, ou seja, se vai limpar as mãos, fique em pé ao lado do cavalo. Quando o cavalo já estiver acostumado, ele logo erguerá a mão ao sentir o toque das suas mão nos seus membros. Uma prática segura é empurrar a espádua do cavalo com os seus ombros para que ele desloque o seu peso para as outras patas. Uma vez que a pata está levantada segure-a com uma mão e limpe com a outra. Cuidar dos membros traseiros... O processo é parecido com o dos membros dianteiros, mas talvez um pouco mais complicado devido à conformação do animal (anatomia do jarrete). Primeiro levanta a pata para a frente, só depois vire-a para trás. Para pegar a pata traseira (pé), fique de pé ao lado da garupa na altura da anca do cavalo. É importante ficar bem perto, pois caso o animal tente dar um coice, será mais fácil desviar-se. Apoie as duas mãos na garupa do animal e depois vá descendo por trás do quarto traseiro do animal. Quando as suas mãos atingirem a canela faça leve pressão até que ele dobre o seu jarrete e estenda-o para a frente (antes de vira-lo para trás).Segurando o membro... Segure a pata do seu cavalo distante do chão para que ele perceba que quer mantê-la nas suas mãos. Faça com que perna, joelho e jarrete dobrem naturalmente.Muitas pessoa gostam de, ao segurar os pés, apoiar os cascos entre os joelhos.Limpar o casco... Quando a perna estiver nas suas mãos, ou no seu colo, e o cavalo não estiver a puxar mais, comece a limpeza do casco. Para a sua segurança, nunca limpe enquanto o cavalo estiver a puxar, ou tentando esquivar a pata.O material usado é um limpador de metal, normalmente coberto com borracha onde você segura. Mas, a maioria prefere o modelo de plástico ou ferro. Existem alguns que ainda tem uma escova para fazer a limpeza da sujidade mais fácil.Medidas de segurança... - Com um cavalo novo ou irrequieto amarre-o ou tenha alguém para segura-lo. - Nunca mexa, ou tente levantar a pata sem antes manter um contacto com a parte superior do corpo do animal, pois os mesmos podem reagir dando coices ou pulando de surpresa.- Nunca se sente no chão para limpar os cascos de um cavalo. Você fica sem mobilidade caso o cavalo queira se mexer ou dar um coice.- Nunca limpe os cascos de um cavalo quando estiver descalço, pode ser perigoso.- Caso moscas sejam o problema, passe um spray repelente no seu cavalo, antes mesmo de segura-lo, para evitar que o incomodem.

Telma Oliveira para o Mundo dos Animais, 2008Fontes: hipismobrasil.com.br

O CAVALO SORRAIA – O PRIMITIVO ANCESTRAL DAS RAÇAS IBÉRICAS DE SELA”

Algumas descrições de quem sabe

“(...) É reconhecido por todos os hipólogos, e especialistas em História Natural do gênero Equus, que o Sorraia é o primitivo ancestral dos Cavalos Ibéricos de Sela. Ainda encontrado nos dias de hoje em Portugal, tendo sido cuidadosamente preservado e criado a partir de um rebanho remanescente do Dr. Ruy D´Andrade, o Sorraia apresenta uma forte dominância de genes ligados ao perfil sub-convexo, a uma forte ação de trote e a uma morfologia de corpo compacta similar aos cavalos modernos. Exceto pelo perfil, ele se assemelha em tipo a outro primitivo grupo de equinos – o Tarpan, que vem a ser o ancestral pré-histórico do domesticado Cavalo Indo-Europeu. O Sorraia está inserido no capítulo Equus stenomius, um dos seis grupos de tipos identificados como cavalos selvagens pelo Homem Moderno.

O Cavalo Sorraia apresenta este nome pois advém da região dos rios Sor e Raia, pequenos tributários do Sorraia em Portugal (Alto Alentejo), cujas águas formam a bacia onde estes cavalos são criados. A raça é extremamente rústica e notável por sua habilidade em sobreviver com reduzida alimentação de baixa qualidade. Raramente excedem 1,43 m, mas sendo valente e destemido, o Sorraia popularizou-se entre os criadores de gado e por séculos consolidou sua presença ante os peões que movimentavam seus rebanhos nas províncias do Alentejo e Ribatejo. Atualmente, é significativa a redução do número de animais, ainda que estejam sendo mantidos no estado de rebanho puro pela família D´Andrade não somente por seu interesse como raça preservada nacional portuguêsa, mas também por ser motivo de pesquisa de zoologistas e geneticistas de todas as partes do planeta. Além disso, um número de historiadores está convencido que o Cavalo Sorraia, também presente em grande número na Espanha nos tempos dos Conquistadores, desempenhou um papel de destaque mais relevante, como ancestral dos Mustangs e Crioulos da América do Sul, do que os refinados ginetes Andaluzes ou Alter-Real.

A pelagem do Sorraia é de especial interesse, sendo uma variante do baio claro ao escuro, ou ainda pelo-de-rato, com uma listra de burro dorsal, orelhas escuras e apresentando crinas e caudas fartas de pelos negros, sempre conjugados a pelos da cor do corpo. As pernas são invariavelmente zebradas e durante o verão, com a maior claridade sobre os pelos do corpo, manchas pálidas podem aparecer. É evidente que no Sorraia não se introduziu qualquer fração em tempo algum de sangue oriental ou norte europeu. Este fato nos auxilia a avaliar a influência de outros genes que refinaram o Cavalo Ibérico de Sela na sua progressão séculos afora, especialmente no tocante ao fato que este foi cruzado e re-cruzado com cavalos oriundos do Norte da África desde sua primitiva evolução(...)”


Sylvia Loch – The Royal Horse of Europe.




O Cavalo do Sorraia
“(...) O Cavalo do Sorraia, fielmente retratado em pinturas rupestres, não tem uma grande história como raça doméstica. As suas origens remontam ao antigo cavalo bravo do sul da Península Ibérica. Este cavalo e aqueles outros do Norte de África estão provavelmente relacionados devido à ligação em tempos entre o Sul da Europa e o Norte de África através de Gibraltar. Sendo animais resistentes, de baixo porte, logo foram domesticados e usados para trabalhos domésticos e corridas de touros. Este pequeno cavalo foi o antepassado do famoso cavalo da Andaluzia e da Lusitânia e ainda de muitos outros cavalos europeus e americanos.

De acordo com os registos, estes cavalos foram levados para as Américas pelos conquistadores espanhóis. São bastantes evidentes as suas parecenças com muitas outras raças atuais quer na América do Norte quer do Sul pela cor típica baia-clara/ baia-escura que apresentam e algumas outras características. Ainda mais, por outra lado, análises ao DNA de alguns cavalos americanos mostraram padrões similares, e mesmo idênticos, aos do Cavalo do Sorraia.

Descoberto em 1920, nas lezírias do Rio Sorraia por Ruy D'Andrade, logo adquiriu o nome de Cavalo do Sorraia. Estando hoje em dia à beira da extinção é possível encontrar ainda alguns exemplares numa meia dúzia de lugares, quer em Portugal, quer na Alemanha. Trata-se de um animal que sobrevive com pouco alimento, mantendo-se em prefeitas condições de saúde, resistindo muito bem sob condições climáticas secas e quentes.

Características
Este Cavalo é sempre baio-claro/baio-escuro, com uma face e orelhas mais escuras, uma faixa dorsal mais escura e normalmente bandas em padrão de zebra nas pernas; por vezes uma banda nos ombros ou então bandas mais escuras através do pescoço, ombros e traseira (as crias nascem com um padrão zebra por todo o carpo) e a cauda é frequentemente clara.
A cabeça é algo longa com um perfil convexo. Os olhos estão colocados numa posição alta e as suas orelhas são razoavelmente longas. Possui um pescoço comprido e esguio e as cernelhas são proeminentes e bem definidas. (...)”

Esta página teve a colaboração da Sra. Katy Brown.



“(...)Existem hoje dois centros nacionais de criação Lusitana em Portugal pertencentes ao Serviço Nacional Coudélico (S.N.C.): um é a Coudelaria Nacional de Fonte Boa (C.N.), próxima de Santarém e o outro é conhecido com Coudelaria Real de Alter do Chão (A.R.), no Alentejo, originalmente derivado das fazendas da Família Real Portuguêsa, sendo que neste campo de criação a pelagem castanha é a única admitida, caracterizando-se hoje como uma linhagem derivada do Lusitano. Muitas pessoas consideram que o Lusitano seja a única raça de cavalos originária de Portugal, mas existe outra, que embora apresente um número reduzido de exemplares, é muito provavelmente a semente de fundação dos Cavalos Lusitanos. Este é o Sorraia.
Também apresentando um perfil convexo, é hoje denominado como ‘o cavalo selvagem de Portugal’, cujas origens históricas remontam a 1179 DC, quando era conhecido como ‘zebro’. Sua pelagem é predominantemente baia ou pelo-de-rato, com crinas e caudas refletindo a conjugação de pelos negros e amarelos. Pelo corpo, apresenta patas zebradas e listra de burro na coluna dorsal. Este, muito provável ancestral do Lusitano, é uma criatura extremamente rústica, utilizado em ambientes ibéricos sub-desérticos, e com uma altura na cernelha que não ultrapassa 1.43m. É um verdadeiro cavalo de sela, podendo ser empregado na pecuária e no pastoreio de outros rebanhos, além de estar apto a desempenhar funções de muares como tração de carroças e preparo de terra com arados ou grades. Podem subsistir com paupérrimas condições de alimentação, pastoreando o que sobra do gado bovino, ovino ou caprino.
Sabe-se hoje que Cristóvão Colombo planejou transportar belos ginetes Andaluzes de altíssimo padrão quando iniciou sua viagem pelo Atlântico em busca das Índias, mas para sua raiva, descobriu que alguém os substituíra por ‘pequenos e feios’ cavalos do tipo Sorraia. Este fato, antes de tornar-se uma derrota para Colombo, passou a ser reconhecido como uma bêncão, já que estes rústicos animais não se abalaram com os rigores do viagem oceânica, sobrevivendo em grande número até seu desembarque na América. (...)”


Por WENDY NAZAR

O CAVALO DO SORRAIA – por D. Diogo de Bragança (Lafões)


“(...) Ao lado do cavalo ibérico existe o cavalo do Sorraia.

É um cavalo verdadeiro, embora de pequena estatura (em média 1,43 m).

Difere do Garrano do Norte pelas suas características dentárias, razão por que deve pertencer a uma variedade da espécie E.C. Caballus. E na verdade, estes dentes coincidem no cavalo do Sorraia e no Andaluz de tipo mais puro, com a cabeça de perfil convexo e órbita elíptica um pouco truncada posteriormente; base do crânio inclinada em relação à linha frontal; linha occipito-incisiva inferior à órbita; maxila com o ramo ascendente curto e de curva em ângulo obtuso.

Na forma não é um Garrano; é um verdadeiro cavalo como aqui o entendemos na Península, isto é, um equino como o Andaluz e o Bérbere, seus parentes próximos e mais desenvolvidos pela domesticidade e pelas variações que os cruzamentos neles têm produzido.
Como se descobriu este grupo cabalino?

Há bastante tempos eu já notara que muitos poldros nascidos de éguas de pura raça Andaluza que eu criava no Alto Alentejo (região de Elvas) e outros que tenho visto na Andaluzia e na região do delta do Tejo, nasciam com a pelagem amarelo-palha zebrada, particularmente ainda mais evidente nos de pêlo baio e rato, e também em muitos que, tornando-se posteriormente ruços, de todo perdem o zebrado da pelagem.

Mais tarde, andando à caça na região de Coluche, no baixo Sorraia, numa propriedade chamada Sesmaria, deparei com uma manada de uns 30 indivíduos, mais da metade dos quais eram baios claros, alguns ratos, muito zebrados e com aspecto absolutamente selvagem ou primitivo, como se fossem uma espécie de zebras ou herniones.

Foi-me possível observar de vez, em toda região do vale do Tejo, no Alto Alentejo e no vale do Guadalquivir, animais com esta particularidade de pelagem, de que apontei mais de 300 casos.

Na sua forma é um Andaluz em miniatura, inconfundível com o Garrano. Deles deve ter saído o Andaluz moderno por um fenómeno mutativo, resultante possivelmente de um cruzamento com os Garranos do Norte no seu contacto plurimilenário, ou com os cavalos africanos neolíticos, ou com os númidas da Antiguidade (púnicos), ou com os sarianos da Alta Idade Média (almorávidas).

Montados, têm, quando concentrados, movimentos altos e garbosos.

Como é sabido por tradição histórica e pelo que mostra a iconografia arqueológica, os cavalos de perfil convexo e grande tamanho aparecem pela primeira vez em várias moedas dos Séculos III a I A.C. e no monumento a Marco Aurélio (Século III). Isto indica que o cavalo grande é fruto de um “caso novo” antes desta época, não um facto geral.

São estes os argumentos que me levam a supor que o grupo equino de que aqui trato – o Sorraia, represente um tipo primitivo da Península Ibérica e do qual haja derivado o Andaluz moderno.””

(Apontamentos extraídos do opúsculo O Cavalo do Sorraia, pelo Dr. Ruy D´Andrade, Lisboa, 1945.)”

na obra “ARTE EQUESTRE – PICARIA ANTIGA, EQUITAÇÃO MODERNA” (1997, ed. Inepa-Portugal)


Por todas as observações descritas acima, e comparando-se as fotos modernas de reprodutores e éguas da Raça Mangalarga Marchador originários das criações ‘Favacho’ e ‘Traituba’, principalmente, entre as mais antigas de toda a raça, podemos afirmar com alto grau de precisão que o Mangalarga Marchador finalmente pode garantir seu certificado de origem: pelo lado paterno, descende do nobre garanhão Alter Real que um dia chegou ao Sul de Minas Gerais e que foi empregado em matrizes dos rebanhos dos Junqueira. E, pelo lado materno, a origem destes ventres está diretamente ligada ao cavalo Sorraia, ‘aquele que sobreviveu ao transporte oceânico nos porões das caravelas’.

Cabe-nos agora pesquisar a influência do cavalo Garrano na população cavalar Mangalarga Marchador, pois também se acredita que esta raça estivesse numerosamente presente no Sul de Minas ao início do Século XIX.




quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Adeus Lady

Esta semana, estamos tristes.
Perdemos a Lady, vitima de uma cólica fatal. Tudo foi feito para a salvar ...
Adeus linda, galopa nas nuvens.

sábado, 11 de abril de 2009

Hipoterapia

A escola equestre da Quinta do Azevinho irá ter em breve aulas de hipoterapia para ajudar quem mais precisa nesta área.
Uma mais valia para o distrito de Viseu, a juntar á paixão pelos cavalos, poderemos estar mais perto de um mais vasto conjunto de novos alunos.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

22 de Fevereiro, concurso em Viseu


Parece que desta vês é que é.


Domingo de Carnaval, dia 22 de Fevereiro há concurso no centro hípico de Rio de Loba em Viseu a partir das 10h da manhã.


Apareçam


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Concurso


Infelizmente, devido ao estado do tempo, o nosso tão desejado concurso foi adiado para uma data ainda a confirmar posteriormente.
A todos desejamos um bom fim de semana e se nos quiserem visitar, estaremos na Quinta.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009



Se o tempo o permitir realizar-se-à no próximo dia 8 de Fevereiro um concurso entre escolas no centro hípico de Rio-de-Loba, em Viseu.


Estaremos lá todos, com quantos cavalos conseguirmos levar.


Terá inicio de manhã ( a hora ainda não está definida) com os mais novos a 50 cm e a 80 cm, e prolongar-se-à pela tarde, com as provas de escalões mais avançados, a partir de 1 metro.

Esperamos por todos vós para um dia bem passado.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Dia de inauguração

Este Domingo dia 28 de Dezembro foi dia de festa, aqui na Quinta.


Foi inaugurado o "Salão Get" , que não é mais do que uma sala de onde se podem ver as aulas confortavelmente, ao abrigo do frio agora de Inverno, e do calor quando ele chegar. As moscas estão proibidas de entrar.










Decorado com sofás, cadeiras, mesas, e até carpetes, um frigorífico e máquina de café, para que todos se sintam em casa, enquanto esperam pelos praticantes deste desporto fantástico.








As janelas dão directamente para o picadeiro coberto, e temos uma vista de "camarote" de elite.







Foi dia de juntar toda a "família ", o que é completamente impossível noutros dias, pois nem todos têm aulas ao mesmo tempo.





Portanto, alunos, professores, pais, mães, e amigos, estiveram presentes para um delicioso"coktail", antes de se irem divertir com uma Gincana improvisada.












A esta sala foi dado o nome de "Salão Get" em homenagem ao nosso querido Get, que foi com ele que o sonho de construir uma escola equestre começou.
Claro que ele também participou na gincana , e fez um brilharete no final com o seu dono Pedro Lopes, a saltar improvisadamente. Pareceu bastante satisfeito por ter alguma atenção e receber tantas palmas.




Tenho de salientar também que foi posta uma "Teia" a toda a volta do picadeiro.



Para quem não sabe, é uma protecção de madeira inclinada que protege o cavaleiro de se magoar, ou ferir, do joelho para baixo quando o cavalo passa demasiado junto á parede. As imagens não são grande coisa mas conseguimos vê-la a toda a volta.














































































As filmagens são efectivamente de muito má qualidade, mas é o que consegui com a minha maquineta, por isso apelo a quem lá esteve e que filmou e fotografou, que me envie qualquer coisita melhor, para mostrar aqui, o que muito agradeço.





Os mais pequenos que ainda não saltão, participaram também, mas apeados.


O que iam buscar lá ao fundo, era um ovo equilibrado numa colher, e dentro do Balde estava uma rolha.


Juro que não estava a brincar com o André, mas estava distraída e o filme saiu assim , só depois é que reparei... DESCULPAAAA!

Pronto, foi assim este dia, e aqui acaba mais um ano, o nosso primeiro nestas andanças virtuais.

Para todos os nossos alunos, amigos, e visitantes, um fantástico Novo Ano de 2009!!!!!!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Dentição...é sempre bom saber.

Porque os dentes são importantes em todos os animais, hoje vamos falar sobre eles.

O cavalo é um herbívoro nômada, tem seus dentes preparados para o pastoreio. Na natureza alimentava-se dos diversos tipos de forragens existentes em seu ambiente, assim causando um desgaste lento e mais homogêneo.
O homem alterou as dietas e padrões alimentares dos cavalos com a domesticação e confinamento, desta forma tornou os eqüinos mais suscetíveis aos problemas que se referem aos dentes e a mordedura. São necessários exames periódicos que se inicia logo após o nascimento, a fim de identificar uma possível alteração congênita. Esse exame deve ser contínuo.

Logo após o nascimento o animal deve ser examinado, pois pode apresentar problemas, no palato (céu da boca), projeções e deformidades de maxila (onde se encere o grupo dos dentes superiores) e mandíbula (onde se encere o grupo dos dentes inferior).

Até aos 5 anos são indicados exames semestrais pois não é raro encontrar casos de dentes decíduos persistentes ( dentes de leite que deveriam cair ) fragmentos que devem ser extraídos, caso esse problema não seja corrigido pode causar mal oclusão ( contato inadequado entre dentes inferiores e superiores) pela erupção desordenada dos dentes.

Em animais com idade superiores a 5 anos são comuns encontrarmos pontas e deformações nas arcadas proporcionando mal oclusão dos dentes molares (grupo de dentes posteriores ) e incisivos (grupo de dentes anteriores). Na fase de doma e treinamento é essencial o exame dos dentes pois o conforto promovido pelo tratamento torna o trabalho do treinador e o aprendizado do cavalo mais fácil e menos estressante. Melhorando, por conseqüência, o resultado final.

É muito comum encontrar o “dente lobo” Este dente é vestigial é considerado o 1º pré-molar, não tem função na mastigação, mas pode ferir as bochechas, a língua, e/ou entrar em choque com o bridão, podendo ser extremamente desconfortável. A extração desse dente é parte da rotina do tratamento dentário. “não confunda o dentes lobos com os caninos presente nos machos e em algumas fêmeas.
“Desta forma podemos apontar a grande Importância do exame dos dentes do eqüino neonato ate o sênior”Todos os cavalos devem ter seus dentes examinados no mínimo uma vez por ano, mesmo sem apresentar sintomas de problemas.

Quando o cavalo precisa de exame dos dentes ?
Nos casos de:
-Perda de peso.
-Dificuldade de engordar.
-Incomodo com a embocadura,
-puxão nas rédeas
-abaixa e levanta a cabeça com freqüência durante a montaria .
-balança a cabeça de um lado para o outro
-relutância com agressividade

-Derrame de ração fora do cocho
-Lentidão na mastigação e deglutição.
-Deposição do alimento dentro da boca
-Dificuldade da apreensão do alimento
-Cólicas recorrentes
-Fibras de capim longas e grãos não quebrados nas fezes
-Descarga nasal
-Aumento de volume na cara
-Fistulas facial.
-Problemas considerados de temperamento ou doma


Cavalos que tem acompanhamento dos seus dentes periodicamente possuem melhor mastigação e digestão, apresentam uma considerável melhora no aproveitamento dos alimentos diminuindo o risco de cólica. Percebesse conforto nas rédeas, regularidades de andamento e manobras. A odontologia favorece melhoras notáveis nos animais, nos aspectos nutricionais e comportamentais, promovendo uma boa saúde e melhor desempenho dentro de suas atividades eqüestres. Sem contar o aumento da longevidade e vida útil.
Os exames e as correções dos dentes só devem ser feitos por um Médico Veterinário especializados ele saberá quais técnicas e equipamentos a serem utilizados, tipos de sedação e anestesia referente a cada caso em particular. Intervenções inadequadas poderão causar traumas e danos irreparáveis aos dentes, articulações e de todo conjunto relacionado á mastigação

Mais informações em www.dentistadecavalo.com.br .

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Evolução


O cavalo tem sido á milhares de anos um dos animais de maior utilidade para o homem. Em tempos passados proporcionava o mais rápido e seguro meio de transporte em terra. Caçadores a cavalo perseguiam animais a fim de matá-los para alimentar-se de sua carne, ou por desporto. Nas batalhas, os soldados lançavam-se à luta montados em fortes cavalos de guerra. Em muitos países os cavalos serviam de montaria para penetração no interior, tracção das diligências, ou no serviço de correios.
Hoje o cavalo não tem a mesma importância de antigamente. Na maioria dos países, o "cavalo de ferro" (comboio) e a "carruagem sem cavalos" (automóveis) substituíram quase inteiramente o cavalo. Mas este animal ainda é usado tanto para desporto como no trabalho. Crianças e adultos montam a cavalo por prazer ou exercícios. Grandes multidões vibram ao assistir corridas de cavalo nos hipódromos (pistas especiais para este tipo de corridas ). Cavalos são apresentados em circos, rodeios e outras exibições. Ajudam os vaqueiros a reunir os grandes rebanhos de gado, e puxam arados e outros equipamentos agrícolas.
O cavalo é bem conformado para o trabalho e a corrida. Por exemplo, as narinas grandes facilitam-lhes a respiração. Os cavalos tem um apurado sentido de olfacto, ouvido sensível e uma boa visão (sentido dos equinos). Tem dentes fortes, mais só comem cereais e plantas, jamais carne. As pernas compridas e musculosas dão-lhes força para puxar grandes cargas ou para correr em alta velocidade. Os cavalos também usam as pernas como principal arma. O coice de um cavalo pode ferir gravemente um homem ou outro animal.
Os cientistas acreditam que o mais antigo antepassado do cavalo era um pequeno animal com 25 a 50cm de altura. Dão a esse animal o nome científico Eohippus - em português, eoípo. O eoípo viveu a cerca de 55 milhões de anos na parte do mundo que é hoje a Europa e a América do Norte. Esses cavalos pré-históricos tinham o dorso arqueado (curvo) e o nariz em forma de focinho. Pareciam mais cães de corrida, do que o moderno cavalo de dorso recto e cara comprida. Tinham 4 dedos nos pés dianteiros, e três dedos no pé traseiro. Cada dedo terminava com um pequeno casco separado. Grandes almofadas resistentes, evitavam que os dedos tocassem o chão. Eram essas almofadas que sustentavam o peso do animal.
O mais importante antepassado do cavalo, a seguir, foi o Mesohippus - ou em português mesóipo. Ele viveu a cerca de 35 milhões de anos atrás. O mesóipo tinha em média 50cm de altura, e suas pernas eram cumpridas e finas. Cada pé tinha três dedos, sendo que o do meio era o mais longo. A cerca de 30 milhões de anos o mesóipo deu lugar ao Miohippus - em português miópio . Este tinha cerca de 60 a 70cm de altura, e seu dedo médio era mais cumprido e mais forte do que o de seus antepassados.

Animais parecidos com o cavalo continuaram a se desenvolver, e há cerca de 26 milhões de anos o Merychippus desenvolveu-se, tinha cerca de 1m de altura. Como o miópio ele tinha três dedos, entretanto os laterais eram quase inúteis. Terminava em um casco curvo que sustentava o peso inteiro do animal.
Há cerca de 1 milhão de anos, os cavalos tinham provavelmente a mesma aparência do cavalo moderno sendo que eram maiores do que seus antepassados. Os dedos laterais transformaram-se em ossos laterais das patas e deixaram com que o casco central, grande e robusto, sustentassem o peso do animal. Os dentes também mudaram, passaram a ser mais aptos a comer capim. Os cientistas agrupam esses cavalos junto com seus antepassados em um género chamado Equus.




Não se sabe onde se originaram os cavalos, mas fósseis indicam que na era glacial eles viviam em todos os continentes, excepto na Austrália. Grandes manadas vagavam pela América do Norte e Sul.
Posteriormente, por uma razão desconhecida, eles desapareceram do hemisfério ocidental.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Mais um pouco de história


O cavalo (do latim caballu) é um mamífero hipomorfo, da ordem dos ungulados, uma das sete espécies modernas do gênero Equus. Esse grande ungulado é membro da mesma família dos asnos e das zebras, a dos eqüídeos. Todos os sete membros da família dos eqüídeos são do mesmo gênero, Equus, e podem relacionar-se e produzir híbridos, não férteis, como as mulas. Os cavalos têm longas patas de um só dedo cada. Os cavalos (Equus caballus) são perfeitamente adaptados a diversos desportos e jogos, como corrida, pólo, provas de ensino ou equitação, ao trabalho e até à equoterapia (recuperação da coordenação motora de certos deficientes físicos).
Esses animais dependem da
velocidade para escapar a predadores. São animais sociais, que vivem em grupos liderados por matriarcas. Os cavalos usam uma elaborada linguagem corporal para comunicar uns com os outros, a qual os humanos podem aprender a compreender para melhorar a comunicação com esses animais. Sua longevidade varia de 25 a 30 anos.
O cavalo teve, durante muito, tempo um papel importante no
transporte; fosse como montaria, ou puxando uma carruagem, uma carroça, uma diligência, um bonde, etc.; também nos trabalhos agrícolas, como animal para a arar, etc. assim como comida. Até meados do século XX, exércitos usavam cavalos de forma intensa em guerras: soldados ainda chamam o grupo de máquinas que agora tomou o lugar dos cavalos no campo de batalha de "unidades de cavalaria", algumas vezes mantendo nomes tradicionais (Cavalo de Lord Strathcona, etc.)
Como curiosidade, a raça mais rápida de cavalo, o famoso thoroughbred (
puro sangue inglês ou PSI) alcança em média a incrível velocidade de 17 m/s (~60 km/h).

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Concurso no Hipico Montebelo em Viseu






Neste fim de semana de 13 e14 de Setembro ouve concurso no Centro Hipico do Monte Belo, em Viseu.
Desta vez aqui a reporter alfacinha não esteve tão atenta, e tirei poucas fotos. Sabem como é a minha filhota também lá estava, e o nervoso miudinho apoderou-se dos dedos. A maior parte das fotos quando foram disparadas, o cavalo já tinha saído do lugar... enfim...
























































































Ficam aqui algumas das que ainda consegui, e parabéns a todos os participantes que se portaram lindamente.